TODOS OS DIAS UM NOVO CONTO

PARA MEDITAR E SENTIR-SE EM PAZ!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009,06:00
O velho mestre e o bolo delicioso
Há muito tempo atrás, um mestre zen, muito velho, aguardava os seus últimos momentos de vida. O seu último dia chegara e ele declarou que naquela noite não estaria mais ali.

Nesse momento, os seus seguidores, discípulos e amigos começaram a vir. Havia muitas pessoas que o amavam, todas elas começaram a chegar de todos os lugares do mundo.

Um dos seus discípulos mais antigos, quando ouviu que o Mestre ia morrer, correu para o mercado. Então, alguém perguntou:

— O Mestre está a morrer na sua cabana e tu vais ao mercado?

— Sim, eu sei que o Mestre adora um determinado bolo — respondeu o discípulo. — Então vou lá comprar o bolo.

Foi difícil encontrar o bolo. Mas à noite, quando finalmente conseguiu, ele correu para a cabana do Mestre.

Todos estavam preocupados — era como se o Mestre estivesse à espera de alguém. Ele abria os olhos, olhava à sua volta e fechava-os novamente. Quando o discípulo chegou, ele disse:

— Bem, finalmente chegaste! Onde está o bolo?

O discípulo mostrou o bolo, muito contente com a pergunta do Mestre.

À beira da morte, o mestre pegou o bolo na mão... mas a mão não tremia... Ele era muito velho, mas a mão dele não tremia. Então alguém perguntou:

— O senhor é muito idoso e está à beira da morte, mas sua mão não treme.

— Eu nunca tremo — respondeu o Mestre —, porque não tenho medo.
O meu corpo ficou velho, mas eu ainda sou jovem, e permaneço jovem mesmo quando o meu corpo está a morrer.

Então o Mestre deu uma mordida no bolo e começou a mastigar ruidosamente. E então alguém perguntou:

— Qual é a sua última mensagem, Mestre? O senhor deixar-nos-á em breve.
O que gostaria que nós recordássemos de si?

O Mestre sorriu e disse:

— Ah, este bolo está uma delícia!

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domingo, 1 de junho de 2008,12:03
O MENINO QUE MOVEU A ARVORE
Desta vez o conto chega-nos sob a forma de vídeo.
É um conto simples, mas de como juntos podemos mudar o mundo se cada um fizer a sua parte.
Já que o Rock in Rio está aí, aqui fica uma história "por um mundo melhor".
Vamos unirmos para fazermos a diferença!

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quinta-feira, 22 de maio de 2008,07:45
Como mudar o mundo
Era uma vez, um cientista que vivia preocupado com os problemas do mundo e decidido a encontrar meios de melhorá-los. Passava dias e dias no seu laboratório à procura de respostas.

Um dia, o seu filho de sete anos invadiu o seu santuário querendo ajudar o pai a trabalhar. Claro que o cientista não queria ser interrompido e, por isso, tentou que o filho fosse brincar em vez de ficar ali a atrapalhá-lo. Mas, como o menino era persistente, o pai teve de arranjar forma de entretê-lo, ali mesmo no laboratório. Foi então que reparou num mapa do mundo que vinha numa página de uma revista. Lembrou-se de cortar o mapa em vários pedaços e depois apresentou o desafio ao pequenote:

- Filho, vais ajudar-me a consertar o mundo! Aqui está o mundo todo partido. E tu vais arranjá-lo para que ele fique bem outra vez! Quando terminares chamas-me, ok?

O cientista estava convencido que a criança levaria dias a resolver o quebra-cabeças que ele tinha construído. Mas surpreendentemente, poucas horas depois, o filho já chamava por ele:

- Pai, pai, já fiz tudo. Consegui consertar o mundo!

O pai não queria acreditar, achava que era impossível um miúdo daquela idade ter conseguido montar o quebra-cabeças de uma imagem que ele nunca tinha visto antes. Por isso, apenas levantou os olhos dos seus cálculos para ver o trabalho do filho que, pensava ele, não era mais do que um disparate digno de uma criança daquela idade. Porém, quando viu o mapa completamente montado, sem nenhum erro, perguntou ao filho como é que ele tinha conseguido sem nunca ter visto um mapa do mundo anteriormente.

- Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando tiraste o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando me deste o mundo para eu consertar, eu tentei mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os pedaços de papel ao contrário e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que tinha consertado o mundo.

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sábado, 22 de março de 2008,07:22
A HUMANIDADE PARA DALAI LAMA
Perguntaram a Dalai Lama:
"O que mais te surpreende na Humanidade?"

E ele respondeu:
"Os homens...
Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde...
Porque pensam ansiosamente no futuro e, por isso, esquecem-se do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente, nem o futuro...
E porque vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido!"

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quinta-feira, 20 de março de 2008,04:24
A CASA DOS MIL ESPELHOS

Há algum tempo atrás existia, numa distante e pequena vila, um lugar conhecido como A Casa dos Mil Espelhos.

Certo dia, um pequeno e feliz cãozinho soube deste lugar e decidiu visitar.

Quando lá chegou, saltitou feliz escada acima até a entrada da casa. Olhou através da porta de entrada com suas orelhinhas bem levantadas e abanando a sua cauda, tão rapidamente quanto podia.

Para sua grande surpresa, deparou-se com outros mil pequenos e felizes cãezinhos, todos a abanarem as suas caudas, tão rapidamente quanto a dele.

Nesse momento, deu um enorme sorriso e foi correspondido com mil sorrisos enormes. Quando saiu da casa pensou: 'Que lugar maravilhoso! Voltarei sempre, um milhão de vezes'.


Na mesma vila havia outro pequeno cãozinho, não tão feliz quanto o primeiro, que decidiu também visitar a casa.

Subiu lentamente as escadas e espreitou através da porta.

Quando viu mil cães a olhá-lo fixamente, rosnou e mostrou os dentes e ficou assustado ao ver mil cães a rosnar-lhe e a mostrar-lhe os dentes.

Saiu a correr e pensou: "Que lugar horrível, nunca mais volto aqui!"

Todos os rostos no mundo são espelhos.

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segunda-feira, 10 de março de 2008,15:32
A BOLA É ZEN
Um dia, enquanto o mestre Gisen jogava à bola, um jovem aproximou-se e perguntou:
"Por que é que a bola se desloca?"
O mestre respondeu prontamente:
"A bola é livre. É a verdadeira liberdade."
"Porquê?"
"Porque é redonda. Gira por toda parte, seja qual for a direcção, livremente. Inconsciente, natural e automaticamente."

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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008,10:42
O MENINO E O PADRE HUMILDE
Nossa Senhora, com o Menino Jesus nos braços, resolveu descer à Terra e visitar um mosteiro. Origulhosos, todos os padres fizeram uma grande fila, e cada um se apresentava diante da Virgem para prestar a sua homenagem.

Um declamou belos poemas, outro mostrou as suas iluminuras para a Bíblia, um terceiro disse o nome de todos os santos. E assim por diante, monge após monge, cada um homenageou a Nossa Senhora e o Menino Jesus.

No último lugar da fila, havia um padre, os mais humilde do convento, que nunca tinha aprendido os sábios textos da época. Os seus pais eram pessoas simples, que trabalhavam num velho circo das redondezas, e tudo o que lhe tinham ensinado era a atirar bolas para o ar e a fazer alguns malabarismos.

Quando chegou a sua vez, os outros padres quiseram encerrar as homenagens, porque o antigo malabarista não tinha nada de importante para dizer e podia desmoralizar a imagem do convento. Entretanto, no fundo do seu coração, também ele sentia uma imensa necessidade de dar alguma coisa de si a Jesus e à Virgem.

Envergonhado, sentindo o olhar reprovador dos seus irmãos, tirou algumas laranjas do bolso e começou a atirá-las ao ar, fazendo malabarismos, que era a única coisa que sabia fazer.

Foi só nesse instante que o Menino Jesus sorriu, e começou a bater palmas no colo de Nossa Senhora. E foi para esse padre que a Virgem estendeu os braços, deixando que ele segurasse um pouco o menino.

(in O Alquimista de Paulo Coelho)

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